Os desastres nas ruas e estradas já deixaram quase 1,2 mil mortos e mais de 8,5 mil feridos nos últimos dez anos no estado do Acre, ao custo direto de mais de R$ 12,6 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). Os números fazem parte de um levantamento elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com dados do Ministério da Saúde.

O estudo foi feito com dados referentes aos anos de 2009 a 2018. Conforme o levantamento, quase três pessoas deram entrada em um hospital da rede pública de saúde do Acre com ferimento grave decorrente de acidente de transporte terrestre no ano de 2018. No ano passado, o SUS gastou mais de R$ 923 mil com as internações.

Entre 2009 e 2018, houve um crescimento de 60% na quantidade de internações no Acre por conta de acidentes de trânsito, saindo de 640 para 1.025. O ano que apresentou maior número internações por acidentes no Acre foi 2017, com 1.201. De acordo com os dados, no Brasil, o aumento foi de 33%, em 10 anos.

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Para o coordenador da Câmara Técnica de Medicina de Tráfego do CFM, José Fernando Vinagre, os números mostram que os acidentes de trânsito constituem um grave problema de saúde pública e que provoca sobrecarga nos serviços de assistência, em especial nos prontos-socorros e nas alas de internação dos hospitais.

“É preciso reconhecer o importante aprimoramento da legislação ao longo dos anos e também o aumento na fiscalização, especialmente após a Lei Seca. No entanto, precisamos avançar nas estratégias para tornar o trânsito brasileiro mais seguro”, destacou.

Dados nacionais

Segundo a análise do CFM, a cada hora, em média, cerca de 20 pessoas dão entrada em um hospital da rede pública de saúde com ferimento grave por conta de acidente de trânsito. Ao avaliar o volume total de vítimas graves do tráfego nos últimos dez anos (1.636.878), é possível verificar que 60% desses casos envolveram vítimas com idade entre 15 e 39 anos, sendo menor a frequência nas faixas etárias que vão de zero a 14 anos (8,2%) e em maiores de 60 anos (8,4%). Outra constatação: quase 80% das vítimas eram do sexo masculino.

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O pior cenário, proporcionalmente, foi identificado no estado de Tocantins, que saiu das 60 internações, em 2009, para 1.348, no ano passado (aumento de 2.147%). Na sequência aparece Pernambuco, onde o salto foi de 725% na última década. Apenas cinco estados registraram queda no número de internações por acidente de transporte: Maranhão (redução de 40%), Rio Grande do Sul (22%), Paraíba (20%), Distrito Federal (16%) e Rio de Janeiro (2%).

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