O diretor do Hospital de Urgência e Emergência (Huerb), Weber Lima se reuniu com a diretoria do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC), nesta segunda-feira (20), para falar sobre polêmica envolvendo suposto pronunciamento na mídia. A reunião foi realizada a pedido do diretor que justificou que tudo não passou de um “mal-entendido”.
Na sexta-feira (17), uma notícia veiculada mídia acreana afirmava que o diretor teria justificado os problemas do Huerb aos profissionais médicos que lá atuam. Em nota, o CRM se posicionou contra a suposta declaração e ressaltou que os médicos atuam arduamente mesmo com as condições, muitas vezes, precárias.
Durante a reunião, estiveram presentes a presidente do CRM-AC, Leuda Dávalos, o 1° Secretário, Virgílio Prado, a conselheira federal Dilza Ambros, a vice-presidente, Thereza Neuma, o tesoureiro, Marcus Vinícius Yomura, e o assessor jurídico, Mário Rosas.
“O pedido para a reunião foi para justificar a entrevista e a distorção que o meio de comunicação divulgou. Dizia que o meu problema seria 40% médico, 40% enfermeiro e 20% o resto. Isso em nenhum momento foi falado, apenas expliquei a situação do Pronto Socorro que necessita de 40% de médicos a mais e, com isso, eu conseguiria fechar minhas escalas de plantões. Tudo não passou de um mal-entendido, uma má-fé do jornalista”, disse o diretor.
Lima aproveitou para se desculpar com o Conselho e com a categoria. “A gente tem a humildade. Venho de família pobre, pessoas humildes, melhorei de classe, mas a humildade continua dentro de mim. Em nenhum momento quero me eximir de pedir desculpas, que é uma nobreza do homem”, ressaltou.
Na oportunidade, a presidente do Conselho parabenizou o diretor pela iniciativa de solicitar a conversa para explicar a situação e afirmou que a autarquia está sempre aberta ao diálogo.
Leuda também questionou o diretor sobre o que foi feito em relação à médica que relatou, na semana passada, ter sofrido ameaça de morte por parte de um paciente no Huerb. Lima afirmou que a direção reforçou o policiamento no local.
“Aquele foi um fato isolado, o paciente tem transtornos mentais e tem uma obsessão pela médica. Estamos alertas e até remanejando a doutora para dentro da nossa unidade”, concluiu Lima.