Depois de receber o relatório de vistoria feito pelo Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) apontando uma série de irregularidades na da Maternidade Ethel Muriel Geddis, em Tarauacá, no interior do Acre, o Ministério Público do Estado fez nova inspeção nessa terça-feira (21), na ala obstétrica da unidade de saúde.
Conforme o MP, a ação contou com apoio do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Cultural e Habitação e Urbanismo (Caop/Maphu).
A fiscalização havia sido feita pelo CRM-AC no último dia 27 de agosto, já acompanhado do promotor da cidade, Júlio César de Medeiros. Um relatório foi elaborado pelo Conselho e encaminhado ao MP-AC recomendando, em caráter de urgência, a transferência da maternidade para a ala que está sendo adequada para atender a este serviço no Hospital Dr. Sansão Gomes.
No documento, a autarquia apontou que o local atual da maternidade não oferece condições mínimas de segurança às pacientes, recém-nascidos e profissionais da saúde. Além da falta de especialistas como anestesista e pediatra.
O MP informou que, durante a nova vistoria feita pelo órgão, foi verificado uma quantidade insuficiente de clínicos gerais e ginecologista, além da carência de médico para auxiliar nas cirurgias cesarianas e de pediatra, neonatologista e anestesista.
A presidente do CRM-AC, Leuda Dávalos destacou a importância de unir esforços para garantir melhores condições de trabalho aos profissionais de saúde e, consequentemente, melhoria no atendimento à população acreana.
O promotor de Justiça Júlio César informou que vai requisitar da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) a disponibilização de profissionais necessários para suprir as demandas da maternidade de Tarauacá, principalmente a disponibilização, com urgência, de um ginecologista.