Após receber denúncias, o Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) fiscalizou, nesta sexta-feira (11), o Hospital João Câncio, na cidade de Sena Madureira, no interior do Acre. A unidade de saúde passa por obras de ampliação e reforma da estrutura física há mais de dois anos e tem atuado de forma precária.

A vistoria foi feita pela presidente do CRM-AC, Dra. Leuda Dávalos, e pelo vice-presidente, Dr. Alan Areal. A equipe de fiscalização verificou que na unidade faltavam vários medicamentos e encontrou pacientes em cima de colchões sem lençol, além de péssimas condições de atendimento. Portanto, soluções urgentes vão ser cobradas das autoridades competentes.

O hospital atende aos quase 50 mil habitantes de Sena Madureira e é referência para atendimento de moradores das cidades de Santa Rosa do Purus, Boca do Acre e Manoel Urbano.

A reforma na unidade deveria ter sido entregue no primeiro semestre de 2021. No entanto, os atendimentos seguem sendo feitos de forma adaptada. Para se ter uma ideia, pacientes ambulatoriais, de trauma, grávidas, casos de Covid-19 e de emergências são todos atendidos em uma mesma sala, que é o ambulatório e emergência.

Para a presidente do CRM-AC, essa foi uma das unidades de saúde em pior situação encontrada pela equipe de fiscalização do Conselho e medidas devem ser tomadas com urgência pela Secretaria Estadual de Saúde para evitar que casos graves ocorram.

“Fomos procurados por pacientes dizendo que para eles é uma humilhação o serviço que está sendo ofertado nesta unidade. É triste ver como as pessoas estão sendo tratadas em Sena Madureira. Uma estrutura extremamente danificada e reduzida. É humanamente impossível que médicos e demais trabalhadores em saúde ofertem o atendimento de qualidade que a população merece. É uma tristeza, desumano”, relatou a presidente.

A equipe foi informada que a direção da unidade chegou a sugerir à Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) que alugasse um outro prédio para o hospital funcionar de forma provisória durante a reforma, mas o pedido não foi atendido.

“Todas as salas estão inadequadas. Fiquei muito comovida e solidária a esses funcionários. Eles são realmente pessoas que estão aqui dispostas a trabalhar em função da população, mas infelizmente, não têm a estrutura adequada. A reforma do hospital está longe de ser concluída e, sinceramente, estou muito preocupada com o que pode acontecer”, finalizou, Dra. Leuda.

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