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Após o Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) recomendar, em caráter de urgência, que a Maternidade Ethel Muriel Geddis, em Tarauacá, seja transferida para uma ala do Hospital Geral Dr. Sansão Gomes, na cidade do interior do estado, o Ministério Público se manifestou favorável à intervenção.

A recomendação do CRM foi feita após fiscalizações conjuntas com o próprio MP-AC realizadas em agosto e dezembro do ano passado na unidade. Na época, a autarquia identificou uma série de irregularidades no prédio adaptado onde funciona a maternidade, que estava em condições precárias. Além disso, foi constatada falta de especialistas como anestesista e pediatra e a presença de somente um médico ginecologista para atender toda demanda.

Portanto, após verificar que a unidade não oferece condições mínimas de segurança às pacientes, recém-nascidos e profissionais de saúde, a autarquia deu um prazo de 60 dias para que as devidas medidas fossem tomadas para corrigir as irregularidades. O documento foi enviado, na época, ao MP-AC e à Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre).

Nesse domingo (10), a Promotoria de Justiça Cível de Tarauacá emitiu um despacho, onde o promotor Júlio César de Medeiros, atendendo à recomendação do CRM, requisitou diversas providências a fim de que a Maternidade seja transferida para Hospital Geral, após a construção e ampliação da Central de Partos Normais (CPN), anexo ao prédio da unidade.

No documento, ele propõe ainda que seja realizada uma audiência pública para discutir sobre um outro local apropriado para a construção de uma nova maternidade. O CRM reitera a importância das ações conjuntas em prol sociedade acreana, ressaltando que essa ação foi resultado de vistorias realizadas juntamente com o promotor titular de Tarauacá.

“Temos acompanhado de perto a situação da Maternidade de Tarauacá. No ano passado, fizemos duas fiscalizações acompanhados da promotoria da cidade e o que constatamos foi uma unidade funcionando de forma improvisada, sem as mínimas condições e isso muito nos preocupa. Esperamos que, com esse despacho do MP-AC, as devidas medidas sejam tomadas para que a população daquela cidade e os trabalhadores em saúde não continuem sendo prejudicados pela falta de estrutura”, disse a presidente do CRM, Dra. Leuda Dávalos.

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