Após receber denúncias de médicos ginecologistas sobre a falta de medicações importantes para o atendimento de pacientes grávidas, o Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) realizou uma vistoria, nesta segunda-feira (2), na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco.
Durante a fiscalização, ficou constatada a falta de remédios como ocitocina, tramal, dipirona e tenoxican. A vistoria foi feita pela presidente do CRM, Leuda Dávalos. Segundo ela, a falta dessas medicações compromete o bom exercício da medicina e a vida das pacientes com patologias como Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG).
Outros remédios também estavam em falta, porém o CRM não teve acesso à lista, já que, segundo a administração, a unidade tinha recebido algumas e precisava atualizar as informações. Além disso, ficou constatado o déficit de um profissional médico, tendo em vista que o padrão é de cinco profissionais e estavam com quatro no dia da fiscalização.
A presidente do CRM foi acompanhada pelo gerente de assistência da unidade, enfermeiro Wealey Daniel Silva. Além do gerente administrativo, Cleber Cardoso, o chefe do acolhimento, Sandro Renato e o gerente geral da maternidade Wagner Bacelar.
“Apesar de constatar as deficiências dessas medicações importantes para o trabalho dos ginecologistas da unidade, percebi um ambiente de harmonia entre a equipe e a gestão. Mesmo com dificuldades que estão enfrentando, existe um clima de parceria e isso acaba amenizando um pouco as dificuldades de estrutura e condições de trabalho. O gerente geral me disse que constatou pessoalmente que essa medicação foi comprada e não entende porque ainda não chegou na unidade. Segundo ele, a entrega estava programada para ocorrer há oito dias, mas tinha esperança que ainda na segunda chegasse”, afirmou a presidente.
Um relatório da vistoria deve ser elaborado e entregue tanto para a maternidade, como para a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e Ministério Público para que as providências sejam tomadas.