O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) fiscalizou no início da tarde desta terça-feira (11) o Hospital Wildy Viana, em Brasileia, no interior do estado. A vistoria foi motivada por uma denúncia feita na imprensa pelo médico Rodrigo Santiago de que estaria faltando oxigênio na unidade.
O hospital foi inaugurado no final de agosto deste ano. Na denúncia, gravada em vídeo, o profissional também relata a necessidade de medicamentos e até de combustível para as ambulâncias, muitas vezes impedidas de realizar a transferência de pacientes.
A presidente do CRM-AC, Leuda Dávalos, que vistoriou a unidade, diz que os problemas relatados pelo médico foram confirmados. Além disso, também foram identificadas questões estruturais, como pacientes misturados no mesmo local, sem distinção de sexo ou idade.
“Até o momento que estivemos lá, às 13 horas, constatamos que não havia oxigênio. Conversamos com pacientes internados que estão tendo que comprar. Nos informaram que a ambulância também está com dificuldade de se deslocar por falta de gasolina. Os médicos de plantão estão trabalhando com o mínimo”, afirma.
Segundo a presidente, é importante esclarecer que, como acontece muitas vezes, o profissional não pode ser responsabilizado por causa da falta de condições de trabalho adequadas.
“Estamos preocupados com a situação, com a população e, por isso, fomos verificar. Mesmo em condições precárias, os médicos estão trabalhando, prestando serviço à comunidade. E é também função do CRM-AC preservar o médico para que ele não seja punido por problemas pelos quais ele não é responsável”, ressalta.
Após a fiscalização, o CRM-AC redige um relatório que será enviado à Promotoria Especializada de Defesa da Saúde, no Ministério Público do Acre (MP-AC), e à Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) com o pedido de providências.