Fiscalização ocorreu nesta sexta-feira (19)

O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) realizou, nesta sexta-feira (19), uma nova fiscalização no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (INTO), uma das referências do estado no atendimento de pacientes com suspeita ou confirmação de contaminação pelo novo coronavírus.

Durante a fiscalização, realizada pelos conselheiros diretores Marcus Vinícius Yomura, Virgilio Prado e Marcos Parente, foi constatado que a unidade está com número de internações e atendimentos abaixo da sua capacidade enquanto outros hospitais enfrentam superlotação. O pronto atendimento do INTO está sendo subutilizado, no momento da fiscalização poucas pessoas estavam sendo atendidas. A adminstração informou uma média de 50 atendimentos em 24 horas, sendo que foi pactuado com o Estado a realização de 240 atendimentos por dia. Além disso, foram verificadas irregularidades na escala médica no serviço de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Os conselheiros cobraram também a regularização da empresa prestadora de serviços médicos. “O CRM Acre já enviou e reiterou a solicitação de regularização da empresa Mediall, que administra o INTO Acre. Na oportunidade desta fiscalização, enfatizamos a necessidade de a empresa atuar estando regularizada no órgão de fiscalização. O CRM exige essa regularidade porque atua em defesa da população, para que todos sejam atendidos com segurança e confiabilidade. Mas não somente o registro da empresa foi solicitado, estamos requisitando dos responsáveis toda a regularidade de documentação, a devida inscrição no CRM da empresa e de todos os médicos e o envio regular das escalas médicas para fiscalização do Conselho. Solicitamos ainda explicações quanto à forma de contratação dos médicos para atendimento no ambulatório, nas enfermarias e nas UTIs. Complementamos explicando a normatização dos médicos especialistas em regime de sobreaviso para atender as intercorências, especialmente nas UTIs”, disse o conselheiro Virgilio Prado.

A equipe também vistoriou o hospital de campanha, que fica anexo ao INTO e verificou que a unidade está operando com pouco mais de 20% da capacidade, o que acaba também contribuindo para o esgotamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito e Pronto-Socorro de Rio Branco, que são as mais procurados pela população.

“Viemos verificar também as condições do hospital de campanha, vimos que o hospital está muito bem instalado, mas ainda carece de alguns equipamentos e por isso está operando com pouco mais de 20% da sua capacidade. A adminstração da unidade informou que a responsabilidade pelos equipamentos é da Sesacre. Outro local que verificamos é o ambulatório, vimos também que está com instalações satisfatórias, equipamentos e equipe médica a contento, mas no nosso entendimento essa unidade também está sendo subutilizada. Portanto, consideramos que deve haver uma divulgação maior por parte do governo para diminuir o movimento em outras unidades que atendem Covid-19. Constatamos ainda que os médicos não assinaram nenhum contrato formal de trabalho, de forma que não há garantias trabalhistas caso venham a adoecer. Iremos protocolar uma denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho”, afirmou o Dr. Marcus Vinicius.

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