A presidente do Conselho Regional de Medicina do Acre, Leuda Dávalos, destaca a importância do envolvimento de toda a sociedade civil e médica para evitar a exposição da população a atendimentos de saúde feitos por falsos médicos.
“Para evitar a exposição da sociedade a este tipo de atendimento é que são feitas as fiscalizações pelos conselheiros do CRM, que são agendadas ou mobilizadas após denúncias feitas junto ao conselho. Mas, é importante frisar que precisamos do envolvimento de toda sociedade, tanto dos usuários do sistema de saúde, como dos próprios médicos, diretores técnicos e clínicos dos hospitais e dos gestores – que são os principais fiscais. Somente assim, é que vamos assegurar o direito do cidadão de receber atendimento feito por um profissional com padrão ético e comprometido com uma medicina de qualidade que todos têm direito”, disse a presidente.
Leuda explica que os Conselhos Regionais de Medicina têm a missão de promover o bem-estar da sociedade, disciplinando o exercício da medicina por meio da sua normatização, fiscalização, formação, valorização profissional, bem como assegurar, defender e promover o exercício legal da medicina, o respeito e a dignidade da categoria, buscando proteger a sociedade de equívocos da assistência decorrentes da precarização do sistema de saúde.
“Ao que tudo indica, nem todos os profissionais estão absolutamente cientes da importância de preservar o carimbo com seu nome e CRM e chegam a emprestá-los. Com isso, se tornam cúmplices de pessoas que ousam exercer a medicina ilegalmente, colocando em risco a população. Portanto, não é possível dissociar o exercício ético da medicina do profissional que a executa”, afirmou.
A presidente destaca que o número do CRM é tão pessoal que, no conceito popular, é sinônimo de lisura e competência do médico ou, ao contrário, de negligencia e/ou imprudência e imperícia. “Portanto, emprestar, participar ou colaborar com quem não está devidamente apto a exercer a medicina em nosso país são erros de natureza ética”, concluiu.