Fiscalizações ocorreram nos dias 8 e 9 de abril

A presidente do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC), Dra. Leuda Dávalos, fiscalizou, nesta quarta-feira (8) e quinta-feira (9), as unidades de saúde da região do Alto Acre. A ação faz parte do cronograma especial de fiscalizações do CRM-AC para o período de pandemia do novo coronavírus, conforme orientação do Conselho Federal de Medicina.

Durante a vistoria foi verificado se as unidades estavam com estoque de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) adequado para enfrentamento da pandemia, além da estrutura para o trabalho e atendimento dos pacientes.

De acordo com último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), na quarta-feira (8), o Acre tem 58 casos confirmados de Covid-19. Dos casos confirmados, 45 são em Rio Branco; nove em Acrelândia, um em Porto Acre, dois em Plácido de Castro e um no Bujari. O estado já registrou duas mortes em decorrência da doença em Rio Branco.

Fiscalização em Brasileia

Na quarta-feira (8), foram fiscalizados o hospital de Brasileia e a Unidade Mista do município de Assis Brasil. Em Brasileia, a presidente foi acompanhada pelo diretor geral, Janildo Bezerra, gerente administrativo, Jurema Feijó, pela gerente de assistência, Joelma Pontes.

Além de Ivan Santa, da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Wilian Chajas, gerente de farmácia, pelo assessor técnico, Pablo Marques, diretor técnico, Rodrigo Prado e pelos médicos Marizete e Alan. Em Assis Brasil, a Dra. Leuda Dávalos foi acompanhada pelo gerente geral, Francisco Rocha, a biomédica Yosnaia Poliana e Dra. Karin.

De acordo com a presidente, as duas unidades estão com fluxo organizado para se for preciso fazer atendimento de pacientes suspeitos da Covid-19. Além disso, as duas dispensaram os funcionários que fazem parte do grupo de risco da doença.

Essa medida causou um déficit grande de carga horária de enfermeiros e técnicos de enfermagem, principalmente em Assis Brasil. Mas a Secretaria de Estado de Saúde do Acre se comprometeu em contratar de forma emergencial. No caso da unidade de Brasileia, a gestão também está enfrentando o déficit de profissionais, mas tem conseguido organizar com os funcionários que possui.

Com relação aos EPIs, a unidade de Assis Brasil tem os equipamentos, porém, segundo a presidente, existem poucas unidades. Em Brasileia o hospital possui os EPIs em maior quantidade. Nenhuma das duas cidades registraram casos suspeitos da doença.

Fiscalização em Assis Brasil

“Em Assis Brasil, o fluxo está organizado da seguinte maneira, quando chegar o paciente, eles fazem o acolhimento, passa pela enfermeira e se for suspeito, o médico entra já todo equipado e faz a avaliação. Se for um paciente estável, vai ser orientado a ir para casa ficar em isolamento e vai ser monitorado pelo pessoal do município. Se for um paciente que precisa de internação, vai ser transferido para o hospital de Brasileia, que é a referência deles. O hospital de Brasileia tem uma ambulância para fazer esse transporte de pacientes de Assis Brasil para lá. No caso de Brasileia, também estão com EPIs e com fluxo organizado, se o paciente for grave, vai ser transferido para Rio Branco”, afirmou a presidente.

Foi constatado ainda que os profissionais de saúde do hospital de Brasileia precisam passar por treinamento para o atendimento adequado de pacientes que venham a ser internados com a doença. De acordo com a presidente, o CRM deve montar uma estratégia para levar um curso aos profissionais através do programa da Educação Médica Continuada.

“O fluxo de pacientes reduziu bastante nas unidades, porém percebemos que as pessoas continuam nas ruas, justamente porque o comércio está aberto. Vamos realizar uma reunião, por videoconferência, junto com o Ministério Público do Estado, secretaria municipal de saúde e demais responsáveis para buscar estratégias de como reforçar o pedido para que as pessoas fiquem em casa. Sabemos que nesse momento esse é o meio mais eficaz de frear o avanço dessa doença que tem feito vítimas no mundo, no Brasil e no Acre”, disse a Dra. Leuda.

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Seguindo o cronograma de fiscalizações durante a pandemia, nesta quinta-feira (9), a presidente esteve no hospital de Xapuri, também no interior do Acre. Apesar de não ter também nenhum caso suspeito da doença, o local precisa fazer uma série de adequações para o possível enfrentamento da doença.

Relatórios das fiscalizações serão elaborados com as medidas que precisam ser tomadas pelas unidades de saúde para garantia da segurança do trabalho dos profissionais de saúde e do atendimento adequado à sociedade e em seguida serão encaminhados ao Ministério Público do Estado, Secretarias Municipais de Saúde e direção das unidades.

“Vale destacar que estaremos ao longo desses dias com essas fiscalizações constantes nas unidades de saúde do estado. O objetivo é a garantir do serviço adequado à população acreana e segurança do trabalho desses profissionais que estão na linha de frente dessa pandemia”, concluiu a presidente.

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