O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) voltou a fiscalizar nesta terça-feira (20) o Hospital de Sena Madureira, no interior do Acre. Desde que parte do forro de um dos leitos da enfermaria do Hospital João Câncio desabou no início deste mês e um paciente acabou morrendo, o novo prédio passou a ser usado de forma emergencial, mesmo ainda estando em obras.

Essa foi a terceira vistoria do CRM somente este ano. Em fevereiro, após a fiscalização ter constatado uma série de irregularidades, como a falta de medicamentos, péssimas condições de atendimento e problemas graves na infraestrutura, um relatório foi encaminhado à Secretaria Estadual de Saúde e ao Ministério Público cobrando que medidas fossem tomadas com urgência. No entanto, mesmo com reiteradas cobranças por parte do Conselho, não houve uma resposta e, muito menos, resolução dos problemas apontados.

O hospital atende aos quase 50 mil habitantes de Sena Madureira e é referência para atendimento de moradores das cidades de Santa Rosa do Purus, Boca do Acre e Manoel Urbano. A reforma no hospital da cidade deveria ter sido entregue no primeiro semestre de 2021. Mais, os atendimentos seguem sendo feitos de forma adaptada e precária.

A fiscalização desta terça-feira (20) foi realizada pelo vice-presidente do CRM-AC, Dr. Alan Areal e pelo conselheiro Dr. Antônio Clementino Júnior. A equipe foi acompanhada pelo diretor da unidade, Dr. Gilson Albuquerque, os médicos que compõem o corpo clínico e o diretor Tadeu Brana.

“Está grave e periclitante a situação do único hospital de Sena Madureira. Uma situação deplorável, a pior que constatamos no Estado do Acre e pior que vi nesses 18 anos de CRM. Fiscalizamos a instituição que está sendo montada ainda. Vale ressaltar o compromisso, dedicação e empenho de todos os servidores da unidade na busca de melhorar os problemas que se acumularam ao longo dos anos. É triste, mas essa é a realidade encontrada no terceiro maior município do estado. Vamos cobrar mais uma vez das autoridades e espero que deem uma resposta rápida e urgente. Pois, o ocorrido já era uma tragédia anunciada e já tínhamos alertado no início deste ano”, disse o vice-presidente do CRM.

O doutor Antônio Clementino Júnior ressaltou que o papel do CRM é e sempre será zelar pela ética, pelo exercício legal da medicina, transparência e, acima de tudo, cobrar condições de saúde dignas e humanas.

“O Conselho de Medicina se preocupa com o bem estar da população e, caso os gestores não deem uma solução imediata para essa população tão sofrida, iremos tomar medidas mais enérgicas nas instâncias superiores. Queremos o cumprimento dos prazos. É dever Constitucional do Estado dar condições de saúde para a população”, afirmou o conselheiro.

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